Último Poema - de Manuel Bandeira
Assim eu quereria o meu último poema
Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais,
Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas,
Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume,
A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos,
A paixão dos suicidas que se matam sem explicação.
sexta-feira, 19 de junho de 2009
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