sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Romaria!


Ao som da voz encantada da Elis,
que amamos tanto,

Romaria,
de autoria de Renato Teixeira [salve!]
uma das melhores e mais lindas músicas de todos os tempos,
música de verdade...

É de sonho e de pó
O destino de um só
Feito eu perdido
Em pensamentos
Sobre o meu cavalo

É de laço e de nó
De jibeira o jiló
Dessa vida
Cumprida a só

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

O meu pai foi peão
Minha mãe solidão
Meus irmãos
Perderam-se na vida
À custa de aventuras

Descasei, joguei
Investi, desisti
Se há sorte
Eu não sei, nunca vi

Sou caipira, Pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

Me disseram, porém
Que eu viesse aqui
Prá pedir de Romaria e prece
Paz nos desaventos
Como eu não sei rezar
Só queria mostrar
Meu olhar, meu olhar
Meu olhar

Sou caipira, pirapora
Nossa Senhora de Aparecida
Ilumina a mina escura e funda
O trem da minha vida

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

simplicidade


Um bom café, forte, pretinho, açúcar mesmo,
expresso, passado, nescafé...
todos os dias, um bom café,
simples e gostoso.

:D

sorrisos no banco da praça


um sorriso na sua boca
são dois
:D :D

um sorriso sincero,
aberto,
puro, de felicidade,
braços abertos,
pra cima,
numa saudação ao mundo,
numa saudação à felicidade,
num ode à expressão do corpo!

Um caminhar de paz, leve
sentindo o aroma das plantas em redor,
as flores de laranjeira,
sentir fluir o vento frio entre os dedos e pescoço,
o ar gelado entrando nos pulmões,
o céu azul e nuvens roxas do por do sol,
sentar-se num banco de praça
e assistir um vovô
brincando com uma criança de 3 anos.

Rir...

Pensar em tudo num suspiro sereno,
pensar naquilo que magoa
e deixar lá no banco da praça,
com uma flor branca,
sem dizer adeus,
como uma escolha daquilo que se quer na sua vida,
deixar a mágoa com a solidão,
num banco de praça,
de castigo
e não voltar nunca mais.

Pular,
brincar com o cachorro sem dono,
sair correndo,
não como se estivesse fugindo,
mas alcançando,
indo ao encontro,
consciente, dono de si mesmo.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

cravos

Os cravos,
uma homenagem a você,
ao carinho,
aos abraços,
aos beijos,
e às surpresas da vida...
uma singela celebração às coisas pequenas e belas.


sexta-feira, 21 de agosto de 2009

livros

Verossimelhantes são as afirmações do tipo:
somos o que comemos, sobre os exercícios...
penso ser realmente verdade o
somos o que lemos,
somos o que pensamos ser
acredito na força da mente.

A ciência explica todo tipo de manifestação do ser humano,
mas não consegue explicar muita coisa que foge à regra,
as exceções "atrapalham" tudo... nada é matemático.

E, afinal, porque deveria ser?
Tudo me leva, quando penso no ser humano,
aquela velha constatação [que está se tornando chata]
dos controles... controle do Estado, controle do mundo,
não existe verdade, tudo é relativo, de acordo com o interesse daquilo que controla.

Trabalha-se para,
compra-se o que, como,
pensa-se nisto, desta forma,
age-se como...

Há um "script" feito pra nós,
irritantemente trabalha-se para viver, se não trabalhar e não tiver dinheiro: prisão,
compra-se o que há de promoção, compra-se o que a propaganda disse que era bom,
pensa-se que a gripe H1N1 é a mais terrível de todos os tempos [e veja-se, fique contente por estar vivo, conforme-se com seu trabalho, baixe a cabeça e agradeça todos os dias que você está vivo e pode trabalhar.... pense assim]
age-se como a novela demonstra, é hora de comprar coisas indianas....

Um grande amigo retratou a coisa da seguinte forma:
ser feliz mesmo é ser ignorante, a ciência das coisas traz sofrimento.
Verdade.
Aí, você sabe das coisas ruins do sistema e o quanto isso interfere na vida das pessoas
que morrem de fome por causa dele, e o que?
A maioria ignora, porque quer ser feliz,
então pra ser feliz, sabendo das coisas, você acaba se tornando um criminoso,
claro, não do pior tipo... [ou talvez do pior, sim]
como?
quando você sabe de um crime,
por exemplo: seu vizinho raptou alguém e vc não conta à polícia?
isso é crime, desse tipo mesmo.

Filosofias minhas e de mais alguns autores amigos...

A verdade não vem sozinha,
e tudo que você faz depois da verdade
é tentar abstrair isso da sua vida,
saber das duas verdades, e conciliar
a declarada e a não declarada.

Cidadania é algo que deveria entrar na educação,
cidadania não é só votar,
é resistir aos genocídios percebidos,
massas contra os grandes,
democracia...
fazer valer o direito,
esse deve ser o objetivo.

Porque da discussão?
Li, pensei, e agora discuti.
Há algo que precisa ser feito,
e o papel é transmitir, incitar o pensamento,
levantar o questionamento,
e fazer acontecer,
já está acontecendo.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Veríssimo

duas dele, grande Luís Fernando Veríssimo, pequenas e sábias:

O mundo é como um espelho que devolve a cada pessoa o reflexo de seus próprios pensamentos. A maneira como você encara a vida é que faz toda diferença.

Não deixe que a saudade sufoque, que a rotina acomode, que o medo impeça de tentar. Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando, porque embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu.

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

20 mil perguntas

"Ontem de manhã quando acordei
Olhei a vida e me espantei
Eu tenho mais de 20 anos
E eu tenho mais de mil perguntas sem respostas

Estou ligada num futuro blue"

Na voz de Elis Regina
Composição: Vitor Martins e Sueli Costa

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Winston Churchill

“A era das protelações, das meia-medidas, das ações a curto-prazo, dos adiamentos, está terminando. Em seu lugar estamos entrando numa era de conseqüências.”

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Economia X Natureza

Paira no ar, em meio ao terrorismo sensacionalista
de uma pandemia "jamais" vista em todos os tempos,
uma pergunta:
O mundo vai parar?

Exageros proporcionais à parte,
a questão que me vêm à cabeça é
tudo está estruturado e imposto pelo sistema econômico,
os crimes, a escola, os "empregos, empregadores e empregados"
tudo, absolutamente TUDO gira em torno da economia.

Mas e agora, eu me pergunto,
que ouço todos os dias que pessoas estão morrendo da gripe A,
tais e tais cidades fecharam suas portas,
seus colégios, suas ruas e suas casas.
Há reportagens relatando o PREJUÍDO econômico que a gripe vêm causando.
Estranhamente faço relação ao ano [acho que ano passado]
que quase todos os feriados cairiam em dias úteis,
a reportagem tinha como tema também o prejuízo econômico que isto
causaria ao comércio.

Dá aquela sensação de injustiça no coração...
Então a grande perda é a financeira sempre,
como pode um sistema se impor,
e fazer com que todos os seres vivos se curvem diante dele?
Que poder tem dinheiro... ou a mídia.

Só que dinheiro não tem vida, nem vontade própria,
gente da pior espécie deve contabilizar os prejuízos
diante da desgraça que se ocorre,
empresas continuam abertas, para garantirem
o seu ganho, não se importando se seus funcionários
estão sendo consumidos não pela gripe A,
mas pela ganância dos seus "empregadores".

Não se trata de uma pandemia nova,
e sim de uma velha... a ganância sempre esteve entre nós,
ruindo nosso convívio, nossas crenças,
destruindo nossos vínculos, rituais e memórias.

O mundo não vai parar,
mas vai ter um tempo para [finalmente]
descansar.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

individualidade


Particularmente,

prefiro,

ou melhor,

procuro exclusividade.


A morte

Sim, ela mesma, a morte.
Em algumas culturas a morte é encarada
na forma de passagem para o divino.
Dentro de várias perspectivas
a morte é enxergada num aspecto não terminativo,
porque é difícil conceber um ser pensante,
por exemplo,
não ter continuidade, acredita-se então na existência da alma.

Há muitas de religiões que analisam
sob uma gama idéias a existência da alma,
não vi e nem ouvi dizer que a morte é o fim,
as pessoas simplesmente não acreditam nisso,
muito embora transpareça exatamente isso.

É uma negação da realidade,
a pessoa morre e pronto, morreu, não tem mais nada de carne
dela sob a terra, restaram as lembranças das pessoas,
elas pensam nela e assim ela existe
(penso, logo existo, pensam em mim, logo existo?)
Os seres humanos tem a capacidade de apegar-se,
de amar, criar vínculo,
e a quebra desse vínculo é que nos faz negar
a existência da morte como um fim,
há conforto em acreditar na alma,
em crer que há um novo encontro
com aquela pessoa que tanto se ama
num lugar que nunca se viu,
questão de fé.

É mais fácil viver acreditando num divino,
não é simples, mas se supera melhor a perda.
Lembro de uma bela frase com relação a isso:
as pessoas vão lembrar pelo que você fez elas sentirem
se fiz alguém feliz, essa pessoa vai sentir falta da felicidade que eu trazia,
e felicidade é algo viciante....

Não posso dizer que eu vivi o bastante,
porque nunca será o bastante,
mas se eu não conseguir impedir
a minha morte [é claro que vou tentar!]
quero deixar aos meus
lembranças lindas das nossas vivências
mas sem com que a saudade machuque tanto,
sem que eles percam o sentido da vida.

Eu quero que as pessoas que convivo,
converso, abraço e olho nos olhos
vivam e busquem a felicidade,
a morte é certa,
a felicidade depende de atitudes positivas,
opte sempre por ser feliz!

Doenças sempre existirão,
assim como pessoas trapaceiras,
filas em mercados,
poeira nos móveis,
e mato crescendo no meio da grama,
o detalhe é saber lidar com isso da melhor maneira.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Porque Democracia?

Trata-se de uma série de documentários em alguns países no mundo retratam as cores cruas da democracia,ressaltando a importância da voz do povo nas políticas do mundo.
Uma didática ímpar! Canal Futura, ou na internet.
O nome do programa: Porque democracia?

http://www.futura.org.br/main.asp?View=%7BD2EF690E-49AB-498F-9011-7957E4D9F702%7D&Team=&params=itemID=%7B4EE65CEC-F2C0-48D2-ABD0-CE0BF89B3162%7D%3B&UIPartUID=%7BD90F22DB-05D4-4644-A8F2-FAD4803C8898%7D

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A solução é alugar o Brasil: 740 ton de lixo da realeza Britânica


Muito sabia Raul Seixas,
afirmando ironicamente que a solução é: alugar o Brasil;
"Os estrangeiros
Eu sei que eles vão gostar
Tem o Atlântico
Tem vista pro mar
A Amazônia
É o jardim do quintal
E as libras dele
Paga o nosso mingau..."

uma pequena modificação nossa Raul...
mas certa para essa ocasião!
Informações jornalísticas?


Um pouco de lixo debaixo do colchão desta nação,

um pouco mais de lixo.



domingo, 2 de agosto de 2009

pensamentos revestidos


a tosse seca
esconde a saudade repentina,
olhos ao céu nublado,
desinteresse pelos passantes,
pensamentos perdidos
o trânsito,
um caldeirão da fumaça
esconde a encenação ao lado,
nas escadarias do teatro,
lindos olhos curiosos enebriados pela peça
chuva fina aperta a pequena multidão
um guarda chuva ou dois,

alguns conhecidos,
circulavam
duas mãos em meus olhos, geladas...
não era dia pra vê-la
contudo ela [a tristeza] chegara para ficar
assim: música de piano,
fico escutando,
a cabeça perdida
os tons de outono daquela música.

Não há fotografias
a memória às vezes falha
as bailarinas amarelas...
alguns vícios de linguagem,
o sabor amargo que restou
e um sorriso contrário.

Exercícios renovam os pensamentos.

Uma flor branca na janela.