domingo, 1 de fevereiro de 2009

joão trabalhador

o sol não brilhou pra todos
ele não é de todos
é uma ilusão, que deve ser perseguida
mesmo por aqueles que nunca o terão...

sem complicações
os direitos trabalhistas decaem a olhos vistos
lobes, baixas salariais, cortes, questionamentos sobre o 13º
todos os tipos de artimanhas,
enquanto as grandes empresas lucram
inimagináveis bilhões de almas penadas
liberalismo....pós liberalismo... neoliberalismo...
que outro nome se dará a liberdade de exploração
daquele que não é nada, não pode nada
homo sacer
há sempre a pergunta
pregada como um trunfo de promessas mal(-)ditas
porque existem pessoas que ainda morrem de fome
num mundo onde "todos podem ter um lugar ao sol?"

a promessa de direitos iguais a todos
...
então, abrimos mão da nossa liberdade
ou melhor, nascemos com a nossa liberdade tomada
pela causa nobre da igualdade...
tamanha a infâmia de tal promessa
a palavra igualdade deveria ser extinta
"liberdade, igualdade e fraternidade"
há os que exploram, há os que são explorados
há uma camada indefinida

joão, trabalhador
em contos traduzidos em monólogos
numa série inteligente da tv cultura: Contos da meia noite
retratou a vida de trabalho em Arquivo - de Victor Giudice -
cuja vida entregou ao trabalho
literalmente...

http://br.youtube.com/watch?v=G5VvislfQ4Q