domingo, 19 de setembro de 2010

Natureza globalizada

Noutro dia, em uma conversa em família,
onde quase ninguém escuta e todos falam ao mesmo tempo,
alguém me ouviu,
então pensei, porque não? - logo como é de praxe,
dispor de algo a ser pensado.

Há tantas discussões no âmbito internacional
relativas ao comércio, às políticas - diversas -,
entre tantas outras coisas que menos me preocupam,
e tenho tenho ficado preocupada,
apesar dos estudos que me enforcam
vez ou outra vejo algumas notícias,
até porque não há como ignorá-las,
elas estão lá, em qualquer lugar,
prontas para grudar em você, na tv, rádio, sites, na boca das pessoas,
estampadas nas capas de revistas, etc.

Percebi que não consigo mais jogar plásticos no lixo,
e a área de serviço conta com pelo menos 10 garrafas de amaciante
10 de detergente, e pelo menos 30 outras,
atitude que vem infectando todo o resto,
comprei shampoo que tem refil,
adotei alguns produtos biodegradáveis,
e venho incorporando outras atitudes
no intuito de sujar menos o mundo.

Afinal, o mundo é um só,
muito embora exista tanta xenofobia,
o mundo É um só.

Fiquei irresignada com a notícia do vazamento de petróleo,
não se fala mais nada, por hora,
mas e as conseqüências????
Até quando tais absurdos serão ignorados?
Todos os esforços - e pode ser um grande engano o que penso -
são para adquirir vantagens, exploração, aniquilação sobre a natureza,
e o que é pior, sobre as pessoas, os povos.

A ignorância é a paz,
pior é aquele que sabe e ignora.

Nada me impede dizer aquilo que todos sabem,
clichê - verdade -, o mundo está doente,
perceba, a natureza não se limita a apenas árvores,
reflorestamentos de pinus, eucaliptus.... (que representam outro absurdo)
falo das águas,
existe um tratamento de água
que não seja para o nosso próprio consumo egoístico?
Os freios são sempre depois, sempre remédio,
nunca prevenção.

Será que o tratamento que a água recebe
retira mesmo todos os venenos que jogamos nelas?
Tomamos veneno via encanamentos de água.
Não tenho um pensamento muito otimista,
já disse e repito, o mundo é um só.

Perfunctoriamente, sobre os créditos de carbono,
afinal, não teriam o propósito de diminuir a poluição?
A venda desses créditos me parece absurda.

Seja o que for,
pelo menos 40% do território mundial deveria
ser de preservação permanente.
Não falo (só) da Amazônia,
falo de todos os países,
proporcionalmente a seus limites territoriais,
40%, no mínimo.

Uma idéia que não parece tão absurda
se pensarmos que muito pouco está sendo feito.
(e não se engane, não sou adepta de teorias
apocalípticas, apenas realista)

Não é porque não enxergamos o mundo todo
nem justifique a poluição pensando que você não
vai mais estar por aqui quando acontecer,
já está acontecendo,
o mundo apenas parece infinito,
mas está descarrilado descendo o túnel...

Faça alguma coisa,
não suje o mundo hoje,
polua menos!