sábado, 14 de março de 2009

Nana Caymi

Mó do tempo

Hoje, eu me sento aqui
Companheiro, e nada tenho a dizer
Da desilusão que embaça meus olhos
Dos alegres moços que outrora fomos
Veja o que ficou
Esse banco
Esse jardim
Veja o que restou
Solidão sem fim
E muitos vêm me contar
Companheiro, coisas que eu sei de cor
Mas o meu silêncio responde aos risos
E aos heróis que pensam tudo saber
Dos vaidosos moços que um dia fomos nós
Mostra o que ficouEsse banco
Alguns pardais
Mostra o que restou
Solidão demais